Pesquisar este blog

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Comic Con Experience é divisor de águas em eventos do gênero no Brasil



O que mais se ouvia dentro do Centro de Convenções Imigrantes – agora rebatizado de São Paulo Expo Exhibition & Convention Center –, era a surpresa com o tamanho e a apresentação da Comic Con Experience. E não era para menos: a promessa de fazer um evento nos moldes das comic cons norte-americanas se cumpriu integralmente, e serve como um divisor de águas em convenções do gênero no Brasil.
Juntando quadrinhos, filmes, TV, colecionáveis, games, RPG e outros assuntos da cultura pop, agradou em cheio tanto aos fãs quanto aos expositores e provou o que muitos do meio sabiam ser possível, mas poucos de fora pareciam acreditar: existe, sim, um público imenso e, até então, carente para esse tipo de produto.
Tudo estava muito bem organizado e distribuído dentro de um espaço de 39 mil m². Imponentes estandes chamavam a atenção dentro do espaço principal, enquanto três auditórios serviam para painéis temáticos com a presença de convidados especiais. O Auditório Thunder era o maior deles, com um telão que fazia projeção em 4k e dois mil lugares disponíveis. Os outros dois eram menores, o Ultra (400 lugares), onde aconteceram palestras e os workshops do Master Classes; e Business (200 lugares), reservado para discussões voltadas para a área de negócios.
Ao todo, foram 70 expositores, 218 quadrinhistas nacionais e internacionais (mais do que a San Diego Comic Con deste ano) e incontáveis lançamentos.
Comic Con ExperienceComic Con Experience
Havia ainda uma ampla área de alimentação, com diversas opções, e um guarda-volumes, ideal para aqueles que gastaram mais do que o esperado.
Mas nem todo esse espaço impediu a formação de filas enormes, por causa da presença maciça do público, especialmente no sábado, dia de maior movimento. Mas o contato próximo entre fã e artista, seja nacional ou internacional, mantinha a empolgação. Além do fato de as filas serem comuns em qualquer evento do gênero.
No espaço Go4Gold, houve competições de jogos, enquanto o estande da Editora JBC abrigou as etapas seletivas do C3PO – Comic Con Costume and Play Order, concurso de cosplayers, cuja grande final ocorreu no Auditório Thunder.
Aliás, este foi o auditório que reuniu os painéis mais aguardados. Édgar Vivar, o Seu Barriga, de Chaves, com uma emocionante homenagem a Roberto Bolaños, incluindo um vídeo inédito com cenas dos bastidores do programa filmados com uma câmera Super 8 que ele tinha na época.
Passaram por lá ainda artistas como Sean Austin, falando de sua carreira e a experiência em filmes como Goonies e O Senhor dos Anéis; e Jason Momoa, que quebrou protocolos ao ir pessoalmente até o público para responder as perguntas.
.
A área de quadrinhos teve muito destaque. Os painéis da DC destacaram Vampiro Americano, os 75 anos do Batman e reuniram diferentes gerações de autores da editora, como Scott Snyder, Rafael Albuquerque, Rafael Grampá, José Luiz García-Lopez, Klaus Janson, Sean Murphy, Ivan Reis e Dave Johnson.
Já o da Marvel teve as presenças de Olivier Coipel, Amilcar Pina, Marcio Takara, Gustavo Duarte e Marcelo Maiolo. Eles falaram sobre seus trabalhos para a editora.
Pelo lado dos estúdios, houve as pré-estreias de Operação Big Hero (Disney) e O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos (Warner Bros.). Filas gigantescas se formaram antes mesmo do centro de exposições ser aberto. Algumas pessoas dormiram na área exterior do evento para não perder as exibições.
Warner Bros., Marvel Studios, Paramount e 20th Century Fox fizeram apresentações especiais de seus próximos lançamentos. Em Avante Vingadores! – A Era de Ultron está sobre nós, foram apresentados vídeos do filme e um recado do diretor Joss Whedon. Mas sem conteúdo novo.
.
O mesmo ocorreu com a Warner, que mostrou trailers e uma prévia inédita de cinco minutos de Mad Max – Estrada de Fúria, mas nenhuma novidade de Batman v Superman – Dawn of Justice. Entretanto, prometeram trazer destaques sobre o assunto no próximo ano.
A Paramount, por sua vez, exibiu um recado de Arnold Schwarzenegger e passou o trailer do novo Exterminador do Futuro, que naquele instante era inédito e, pouco depois, foi divulgado também na internet.
Durante todo o espaço principal, várias sessões de autógrafos aconteciam, seja em estandes, no Artist’s Alley (Beco dos artistas) ou em ações oficiais programados pelo evento.  No final, artistas e expositores estavam muito satisfeitos com o alto número de produtos comercializados.
Público na Comic Con Experience José Luiz García-Lopez
Balanço
Após o encerramento do quarto e último dia da convenção, o Universo HQ conversou com Ivan Costa, sócio da Chiaroscuro Studios e um dos organizadores da Comic Con Experience. Ele fez um primeiro balanço do evento e destacou o trabalho para que tudo corresse como o planejado.
“O melhor de tudo foi ver a participação do público. As pessoas compareceram e gostaram do que viram”, disse. Ainda de acordo com Ivan, todos ficaram muito satisfeitos, incluindo os expositores, agentes e artistas, que ficaram impressionados com o carinho dos fãs e elogiaram a realização do evento.
“Os agentes disseram que não esperavam algo tão grande, e que nunca foram tão bem tratados. Eles contaram que só duas comic cons no mundo possuem estande da Warner Bros.: a de San Diego e agora a nossa”, revelou.
O projeto para realizar a CCXP, com todos os envolvidos, começou há aproximadamente dois anos. De lá para cá, muita coisa mudou. “Queríamos fazer algo bom e grande, mas jamais imaginamos que seria tão grande. Mudou muito desde as primeiras reuniões. A princípio, pensávamos em algo em torno de 14 mil m², mas terminou com 39 mil²”, analisou. “Ainda não temos os números finais, pois a quantidade de visitantes não vem só da bilheteria, mas só no sábado tivemos algo entre 30 ou 35 mil pessoas”.
Os dados finais ainda não foram informados, mas a estimativa é de mais de 80 mil pessoas durante os quatro dias.
A segunda edição da Comic Con Experience já foi confirmada: acontecerá de 3 a 6 de dezembro de 2015, e entrou para o calendário oficial de eventos da Prefeitura de São Paulo. E os planos para ela já começaram.
“Falando da parte de quadrinhos, temos bastante coisa adiantada. Contatos com autores que não puderam vir neste ano por causa de agenda já estão sendo feitos. Basicamente, já temos um line-up de autores definidos para 2015”, informou Ivan.
“Nosso objetivo é mostrar para o público e para as empresas que temos condições de ter um mercado profissional de cultura pop. Sempre fomos fãs dos eventos similares de outros países e queríamos que o Brasil tivesse a sua comic con. Conseguimos. O evento foi um sucesso”, afirmou Pierre Mantovani, sócio da CCXP durante a cerimônia de encerramento no auditório principal.
De acordo com a organização, a CCXP já estreou quebrando recordes: é o evento realizado no Brasil que mais atraiu público em sua primeira edição.
Encerramento da CCXP 2014

domingo, 21 de dezembro de 2014

Devir confirma mais lançamentos da Image e álbum português

Após Saga e Happy!, a Devir confirmou mais lançamentos da Image Comics para a série batizada de Coleção Image.
A primeira delas é Manhattan Projects – Volume 1 (formato 17 x 26 cm, 152 páginas, R$ 45,90), escrito por Jonathan Hickman, ilustrado por Nick Pitarra e colorido pela brasileira Cris Peter.
Trata-se de uma história alternativa a partir do final da Segunda Guerra Mundial, quando o governo norte-americano reuniu os maiores cientistas da época para a criação da bomba atômica. Daí, as coisas mudam drasticamente… E se uma arma nuclear fosse a menor das horríveis criações que todos aqueles cientistas conceberam? O que aconteceria se aquele estranho grupo de supergênios, soldados e ex-nazistas fossem um bando de malucos degenerados? O que seria do mundo?
Na obra, há pessoas que existiram na nossa História atuando de maneiras que jamais se imaginou antes, mostrando que tudo não passou de fachada para se colocar em prática muitas outras ideias esotéricas de ficção científica, como teletransporte, viagens dimensionais, robôs samurais kamikazes e outras.
Ministério do Espaço (formato 18,4 x 27,2 cm, 96 páginas, capa dura, R$ 56,90) conta com roteiros de Warren Ellis e arte de Chris Weston e Laura Martin.
É uma história alternativa da corrida espacial. Na nossa realidade, os Estados Unidos e a União Soviética sempre foram rivais nessa disputa tecnológica e política. Nesta HQ, entretanto, quem conquista o espaço não é nenhum dos dois, mas a Inglaterra. Assim, todo o programa espacial é mostrado sob uma perspectiva britânica, que lembra bastante os clássicos seriados com marionetes, como Thunderbirds ou Capitão Escarlate, produzidos por Gerry e Sylvia Anderson nos anos 1960.
Um pelotão inglês chega às instalações de foguetes em Peenemünde antes dos norte-americanos e russos e captura os cientistas e técnicos alemães envolvidos na criação dos foguetes V-2. Assim, esse grupo de visionários é usado para a criação do chamado “Ministério do Espaço”, cuja missão é desenvolver tecnologia espacial britânica que será usada para a ampliação do Reino Unido.
A Devir publicará ainda As incríveis aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy (formato 17 x 26 cm, 120 páginas, capa dura, R$ 50,00), do escritor português Filipe Melo e o desenhista argentino Juan Cavia, que também siu nos Estados Unidos, pela Dark Horse.
Na obra, um jovem entregador de pizzas, um detetive de meia-idade com um segredo cabeludo e um demônio de seis mil anos vivem uma inusitada aventura numa Lisboa infestada de monstros. Durante a Segunda Guerra Mundial, várias criaturas sobrenaturais procuraram refúgio em Portugal. Vampiros, lobisomens, gárgulas e fantasmas vivem pacificamente, nas sombras, entre os humanos.
Porém, nos subterrâneos, um grande mal ameaça esse delicado equilíbrio, enquanto o pior de todos os monstros ganha forças e prepara o seu retorno triunfal.
Ministério do Espaço As incríveis aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Stout Club estreia no mercado editorial e divulga lançamentos para 2015



O Stout Club foi criado pelo quadrinhista Rafael Albuquerque, a fotógrafa Deb Dorneles e o designer Rafael Scavone como um lugar para se falar sobre assuntos do interesses deles, como música, cinema e quadrinhos.
Mas agora ele também é o lugar onde os leitores poderão encontrar novos lançamentos de quadrinhos. Os três primeiros títulos saíram neste mês, durante a Comic Con Experience.
A história mais triste do mundo (formato 16,5 x 25 cm, 40 páginas), de Eduardo Medeiros, conta a história de Matias. Ele é punk, anarquista, um pária, a escória da sociedade, o refluxo do capitalismo, o fim e a destruição. Matias está apaixonado.
Os outros dois são Garage Days – Volume 2 (formato 20 x 20 cm, 60 páginas) e Diburros – Volume 2 (formato 15 x 23,5 cm, 60 páginas), respectivamente artbooks dos desenhistas Rafael Albuquerque e Marcelo Braga.
A história mais triste do mundo, Garage Days e Diburros
Também aproveitaram o evento para anunciar os projetos já programados para 2015. Confira:
  • Far South (formato 20,5 x 27 cm, 68 páginas), por Rodolfo Santullo e Leandro Fernandez.
Assim como nos antigos filmes do Velho Oeste, os autores mostram uma terra imaginária, um passado mítico, com seus caminhos empoeirados, seus imigrantes e suas histórias cruas, muitas vezes banhadas em sangue. Numa terra que pode ser na Argentina, Uruguai ou até mesmo o Brasil, os personagens ganham vida, até que encontrem a pessoa errada, tentem ganhar um dinheiro sujo ou cruzem o caminho dos poderosos locais. Porque, em Far South, existem muitas maneiras de morrer.
  • Open Bar (formato 17 x 25,5 cm, 100 páginas), por Eduardo Medeiros.
Barba e Leo são amigos inseparáveis e já passaram por poucas e boas, lado a lado. Agora, assumiram juntos o bar que Barba herdou do pai e se encontram frente a frente com um grande desafio que não será nada fácil: fazer o negócio dar certo.
  • Historinha – Pra casa do Cabeça (formato 20,5 x 27,5 cm, 36 páginas), por Marcelo Braga.
Tudo começa a mudar quando três amigos se encontram e decidem empreender uma jornada a pé até a casa do Cabeça, o cara mais velho e mais legal da cidade e de quem todos querem ser amigos. A estranha aventura, regada a diálogos imaturos e bullying, toma outras proporções quando captam a atenção do perturbado e poderoso Juíz, que tem motivos de sobra para se interessar pelos garotos.
  • Eight (formato 17 x 25,3 cm, 120 páginas), por Rafael Albuquerque e Mike Johnson.
Bem-vindo ao Meld, um lugar inóspito perdido no tempo, onde o crononauta Joshua se encontra perdido. Sem memória, transporte ou contato com aqueles que o enviaram, ele não pode contar com nada além de seu instinto de sobrevivência e uma voz misteriosa para lhe guiar até o seu destino.
A edição reúne a história que Rafael publicou no formato digital no portal IG Jovem, então chamada de Tune 8, e que depois ganhou dois volumes impressos, respectivamente em 2011 e 2012.
Far South Open Bar Historinha - Pra casa do Cabeça Eight

domingo, 14 de dezembro de 2014

O Livro de Ouro do Recruta Zero – Volume 1

O Livro de Ouro do Recruta Zero – Volume 1Editora: Pixel Media – Edição especial
Autor: Mort Walker (texto e arte).
Preço: 16,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Maio de 2014
Sinopse
Coletânea de tiras estreladas pelo Recruta Zero e a “Companhia A” do Quartel Swampy.
Positivo/Negativo
São 64 anos conquistando fãs em diversos países. Em alguns deles, como o Brasil, o Recruta Zero construiu uma história de sucesso editorial em jornais e revistas em quadrinhos, cujo ápice se deu nos anos 1980, período em que o personagem foi título de várias publicações – dentre almanaques, superalmanaques, edições especiais, coleções de tiras e, claro, gibis mensais – e consolidou o estilo gráfico adotado até hoje.
É exatamente dessa época que vêm as mais de 360 tiras reunidas neste primeiro volume de O Livro de Ouro do Recruta Zero, uma nova coleção que chega mostrando que o impagável soldado raso ainda mantém um público cativo no País.
Dividida por temas (ou títulos, como se fossem histórias corridas), a diversão começa com um texto escrito pelo cartunista Otacílio D’Assunção, o Ota – fã declarado do Recruta Zero e roteirista de várias HQs do personagem na década de 1980 –, contando a origem da famosa e longeva série de tiras, além de curiosidades sobre ela, incluindo sua trajetória no Brasil.
Pelo álbum, que tem formato diferenciado e miolo com páginas coloridas em papel couché, segue um desfile de tiras com diagramação arrojada, cuja qualidade explica a longevidade da série.
Ali estão as sacadas irônicas do Recruta Zero e seus acessos de preguiça crônica; a truculência, ora ingênua, ora agressiva (mas sempre engraçada) do Sargento Tainha; o sexismo nas participações da Dona Tetê; a incompetência administrativa do General Dureza; as investidas nem sempre românticas do mulherengo Quindim; a falta de higiene do cozinheiro Cuca e aquilo que, ao sair de suas panelas, ele gentilmente batiza de refeição; além de uma gama de personagens – como o parvo Dentinho, o culto Platão, o pueril Tenente Escovinha e muitos outros – que continuam fazendo do Quartel Swampy um lugar eternamente ignorado pelo Pentágono.
Completando a edição, uma breve biografia de Mort Walker, criador dessa turma e ainda participando ativamente da produção das tiras publicadas em centenas de jornais mundo afora.
A tradução dos textos foi feliz em adaptar algumas expressões para a época atual (como a citação às lan houses), diminuindo possíveis riscos de rejeição por parte das novas gerações de leitores. Mas ficou estranho usar o real como moeda corrente num universo em que os próprios personagens se revelam cidadãos dos Estados Unidos e integrantes de uma unidade do exército locada no país.
Fica também registrado o erro de patente do malandro Cosme (cujo nome original, Cosmo, foi usado nesta edição), que é um simples recruta, não um cabo, como informado no texto de abertura.
Desde o fim da era RGE/Globo, no início da década de 1990, os quadrinhos do Recruta Zero passaram por várias editoras, sempre com curta duração e vivendo um novo longo hiato nas bancas, entre cada mudança de casa.
Por esse motivo, vale destacar o bom desempenho do personagem na Pixel, que desde 2012 mantém o gibi mensal circulando regularmente e apostou nesta coleção, que não encontra similar nem mesmo na fase áurea do Recruta Zero no Brasil.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Comics Star Wars – Clássicos

 Comics Star Wars – Clássicos # 1
Editora: Planeta DeAgostini – Edição especial
Autores: Roy Thomas, Don Glut, Archie Goodwin (roteiro), Howard Chaykin, Rick Hoberg, Bill Wray, Frank Springer, Alan Kupperberg, Carmine Infantino, Terry Austin (desenhos), Steve Leialoha, Tom Palmer (desenhos e cores), Marie Severin, Glynis Wein, Paty, Carl Galford, F. Mouly, Janice Cohen (cores) – Originalmente em Star Wars # 1 a # 11 (1977/1978).
Preço: R$ 9,99
Número de páginas: 192
Data de lançamento: Setembro de 2014
Sinopse
Há muito tempo, em uma galáxia distante, um jovem agricultor de um pequeno e pobre planeta parte em uma missão com um velho cavaleiro jedi, um mercenário e seu companheiro wookie e dois droides para resgatar uma princesa. Ela é uma das líderes das forças rebeldes que enfrentam o Império que tiraniza a galáxia.
Positivo/Negativo
A Planeta DeAgostini começou, com este volume, a ambiciosa empreitada de publicar esta coleção, que conta com nada menos que 70 volumes, abrangendo diversas séries em quadrinhos que abordam o universo da série cinematográfica concebida por George Lucas – histórias que se convencionou chamar de “universo expandido”.
São livros em capa dura, em formato semelhante ao das graphic novels Marvel, que a Salvat vem publicando, e as da DC, que devem sair pela Eaglemoss.
Este primeiro volume começa com a adaptação de Guerra nas Estrelas (1977), o primeiro filme da série, depois desnecessariamente rebatizado como Star Wars – Episódio IV – Uma nova esperança.
Dividida em seis partes, ela corresponde aos seis primeiros números do gibi Star Wars, que chegou às bancas americanas pela Marvel, dois meses após a estreia do filme nos cinemas. A primeira publicação no Brasil foi em 1978, pela Bloch.
Adaptações de cinema para quadrinhos parecem quase sempre souvenires para o fã do filme guardar de lembrança. Não é o caso aqui: a transposição é ótima. Com roteiro de Roy Thomas e arte de Howard Chaykin e alguns parceiros, Guerra nas Estrelas parece ter nascido nas HQs.
A versão não tenta macaquear o filme e usa sem medo os recursos próprios da arte sequencial para recontar a história com fidelidade, mas a seu modo. Os ganchos ao final de cada parte são excelentes, a narrativa é rápida e vibrante e a arte de Chaykin tem vida própria.
A reunião de 11 edições mensais em um volume cria alguns problemas próprios, claro. A cada número, a narrativa dá um jeito de recapitular a trama até então – o que soa repetitivo quando se lê tudo junto, mas é um recurso mais criativo e desafiador que os burocráticos “a história até aqui” usado atualmente nas HQs de super-heróis.
Um detalhe curioso fica para a aparição de Jabba, o Hutt, na trama. Como hoje se sabe, um diálogo entre Han Solo e a grotesca criatura chegou a ser filmado, mas acabou cortado de Guerra nas Estrelas. Jabba, então, só apareceria em O retorno de jedi (1983), terceiro longa-metragem da série.
A tal cena acabou incluída nos relançamentos do filme a partir de 1997, algo possibilitado pelos efeitos especiais de então. Mas ela está na versão em quadrinhos e Jabba aparece com um design muito diferente do que seria visto na telona.
Também é bom lembrar que a sanha revisionista de George Lucas não chegou aqui: Han Solo continua atirando sozinho em Greedo na taberna de Mos Eisley.
As cinco demais histórias do volume continuam a trama exatamente de onde Guerra nas Estrelas para. Han Solo se despede de Luke Skywalker e da Princesa Leia para pagar sua dívida e se envolve em novas aventuras no percurso, enquanto Luke parte para encontrar um novo local na galáxia para a base rebelde.
Essas tramas são muito mais centradas em Han Solo, começando por uma versão mal disfarçada de Os Sete Samurais (1954).
Não é segredo que os filmes de samurais de Akira Kurosawa foram inspirações para George Lucas, mas esse arco coloca Solo como líder de oito mercenários que devem defender um vilarejo pobre de bandidos que o saqueia regularmente. Dá pra ser mais evidente a referência?
Acrescente-se a isso que a aventura imediatamente posterior ao desfecho de Guerra nas Estrelas é muito semelhante à abertura de Sete Homens e um Destino (1960), refilmagem como faroeste de Os Sete Samurais.
Han e Chewbacca desafiam os habitantes de um lugar para dar um enterro digno a um indesejável por lá – assim como Yul Brynner e Steve McQueen fazem no início do western.
E vale lembrar que Os Sete Samurais também inspirou uma versão no espaço: Mercenários das Galáxias, em 1980, apenas um dos muitos filmes fuleiros que na época tentaram surfar na onda da saga espacial de Lucas.
Um problema dessas tramas é a verborragia. Os personagens falam demais, como não raro acontecia na Marvel da época, e isso é ainda acentuado pelos “diálogos” de Han Solo com Chewbacca, em que ele precisa repetir tudo o que o colega de aventuras “disse”. Felizmente, não chega a comprometer seriamente.
Por falar em 1980, este foi justamente o ano de O Império contra-ataca, segundo filme da série, cuja adaptação só aparece no volume 4 da coleção. Comics Star Wars vai publicar não só HQs da Marvel, que lançou a série até 1986 (incluindo as adaptações da trilogia original), como as da Dark Horse, lançadas a partir de 1991.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Orcs Must Die! vem para PlayStation 4 no Próximo ano

A livre para jogar traquinagem, Orcs Must Die !, está vindo para o PlayStation 4 no próximo ano como Orcs Must Die! Unchained, a Sony anunciou em seu PlayStation Experience keynote hoje. O jogo de defesa vai ver os jogadores defendendo castelos medievais utilizando armadilhas e engenhocas pateta, em uma configuração 5x5.

Esta marca também a primeira vez que a série já apareceu em consoles, e parece muito legal sobre o PlayStation 4 também. Os jogos são muito divertido também, então eu não seria avessa a realmente jogá-los na tela grande, desde que a experiência é bem traduzido como, digamos, Plants vs Zombies foi.

Orcs Must Die! Unchained foi apenas um dos muitos anúncios de que a Sony fez em seu keynote PlayStation. Outros grandes anúncios também destacou toneladas de jogos indie, além de grandes próximos jogos AAA.

Fique atento ao GamingBolt para a cobertura em tudo isso, e tudo o que acontece ao longo dos próximos dois dias no PlayStation Experience.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Evento Cosplay

Cosplay não é apenas um evento. Para muitas pessoas é um costume e uma parte fundamental de convenções, e tantos anos se passaram Cosplay passou de poucos e incondicional a uma enorme rede de entusiastas do traje se espalhando por todo o globo. As pessoas com empregos regulares e horários regulares ter tempo de trabalho e suas atividades diárias, para se vestir como seu personagem favorito.

Mas esse personagem não é apenas uma parte de um jogo de vídeo, para eles, é uma forma de identidade, uma identidade que mantém a integridade, o heroísmo, paixão e virtudes. Para o Cosplay não iniciados é uma forma abreviada de duas palavras - traje and play. Tendo isso em mente, vamos dar uma olhada nas melhores cosplays de 2013.

Para todas as características mais emocionantes e top 10 listas, por favor clique aqui. Fique atento ao GamingBolt para mais notícias e atualizações.

Nota: A lista está em ordem aleatória.

Leia mais em

Todas as imagens tomadas a partir Deviantart.

Tali Zorah (Mass Effect)

 
100. tali_zorah_

Você tem que admitir, este é o mais realista cosplay Tali Zorah que você já viu. Eu adoro a forma como o artista prestou atenção a cada detalhe. O artista destacou as sobrancelhas e as maçãs do rosto para replicar o modelo de jogo de Tali. No geral, esta é uma versão fantástica de Tali Zorá e se fosse um filme, é exatamente assim que eu teria imaginado o Quarian.

Leia mais em

domingo, 7 de dezembro de 2014

Berserk



Berserk # 1Editora: Panini Comics – Revista bimestral
Autor: Kentaro Miura (roteiro e arte).
Preço: R$ 16,90
Número de páginas: 224
Data de lançamento: Agosto de 2014
Sinopse
Guts carrega consigo um arsenal de armas, mas o que se destaca dentre elas é sua enorme espada, capaz de cortar um cavalo ao meio. Apesar de seu armamento, o maior peso que ele carrega é o “estigma”, uma marca em seu pescoço que atrai todo o tipo de espíritos malignos e demônios.
Ao lado do pequeno elfo Puck, que o conheceu em uma de suas lutas (apesar de não parecer ser uma amizade mutua), Guts sai em batalhas contra criaturas malignas em busca de vingança, a princípio matando os denominados apóstolos.
Positivo/Negativo
Quando o leitor tem em mãos este primeiro volume da republicação de Berserk, de cara o que chama a atenção é a qualidade gráfica. Agora em formato tankobon (já que em sua primeira versão, que ainda está em andamento, uma edição japonesa é dividida em duas brasileiras), com o título em destaque em alto relevo e um efeito espelhado nas letras da capa.
A arte do autor também é valorizada devido ao papel superior. O traço nas situações de batalha e aparições de espíritos malignos é “sujo” e escuro, mas em cenários e alguns momentos de calmaria, fica mais “leve” e limpo, destacando a ambientação medieval em que a trama se passa e inserindo o leitor nela.
Um adjetivo que define Berserk é obscuro. Cenas de rituais macabros, sexo e diversas criaturas estranhas e medonhas advindas da criatividade do autor podem surpreender o leitor menos avisado.
As ações e decisões de personagens também são um ponto forte para fisgar a atenção. Berserk retrata a vida de Guts, que passa o tempo todo lutando com seres sobrenaturais e malignos, com seu armamento pesado. Assim, há muitas cenas violentas, como soldados sendo partidos ao meio, ou decapitações com apenas um golpe. Além de situações que podem ser descritas psicologicamente fortes. Como quando uma garota tomada por um espírito maligno após ser morta por um deles, mata seu próprio pai.
E não só por isso a capa traz a recomendação para maiores de 18 anos.
Mas ressalte-se que o mangá não é só pancadaria: existem diversos mistérios sem explicações na trama, que com o tempo vai ficando mais intrigante. Uma delas é como Guts recebeu a marca em seu pescoço e por que ela sangra sinalizando que demônios estão por perto? O que é o objeto estranho denominado behelet?
Enfim, Berserk é um bom mangá, que melhora com o passar das edições. Ótimo ver que as editoras estão investindo também em qualidade, trazendo republicações como esta. Apesar de o preço ser um pouco mais alto, a qualidade está excelente.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Pais Badass - Isshin, Minato, Dragon, Bardock e Ging









Padres de alguns dos nossos personagens favoritos, dá uma ideia de como eles cresceram e a geração anterior e seu poder. Neste vamos em frente para ver o pai dos protagonistas como eles também conseguir um pouco de luz, pai Isshin sendo de Ichigo, Minato com Naruto, Bardock com Goku. Dragão de ser o pai de Luffy e Ging sendo pai de Gon.

Pai de heróicos Sons Gin Freecss Minato Namikaze Bardock Monkey D Dragão Isshin Kurosaki por reshiin

Você deve ter visto pelo menos um desses anime de. Vá em frente e me diga o que você pensa sobre isso usando a seção de comentários abaixo, também vá em frente e confira o artista rishiin como eles têm algum trabalho de arte muito legal que eu acho que você vai gostar.

 Father of Heroic Sons Gin Freecss Minato Namikaze Bardock Monkey D Dragon Isshin Kurosaki by reshiin

Padres de alguns dos nossos personagens favoritos, dá uma ideia de como eles cresceram e a geração anterior e seu poder. Neste vamos em frente para ver o pai dos protagonistas como eles também conseguir um pouco de luz, pai Isshin sendo de Ichigo, Minato com Naruto, Bardock com Goku. Dragão de ser o pai de Luffy e Ging sendo pai de Gon.

Pai de heróicos Sons Gin Freecss Minato Namikaze Bardock Monkey D Dragão Isshin Kurosaki por reshiin

Você deve ter visto pelo menos um desses anime de. Vá em frente e me diga o que você pensa sobre isso usando a seção de comentários abaixo, também vá em frente e confira o artista rishiin como eles têm algum trabalho de arte muito legal que eu acho que você vai gostar. Certifique-se de também compartilhar a página nas redes sociais!