Autores: Ed Brubaker (roteiro) e Sean Phillips (arte) – Publicado originalmente em Fatale # 1 a # 5.
Preço: US$ 14,99
Número de páginas: 144
Data de lançamento: Julho de 2012
Sinopse
No presente, um homem encontra uma
mulher pela qual fica instantaneamente obcecado. Mas, nos anos 1950, ela
é o epicentro de um tornado que mata e destrói tudo em seu caminho.
Positivo/Negativo
Fatale é um dos melhores quadrinhos dos últimos tempos, ponto.
É uma história envolvente, com um clima detetivesco noir intercalando o horror lovecraftiano, uma protagonista misteriosa, uma dupla de autores fantásticos e parece não precisar de muito mais.
Os trabalhos de Brubaker e Sean Phillips raramente desapontam, seja individual ou, principalmente, quando trabalham juntos.
Criminal traz obras-primas do
gênero detetivesco, cruzando estilos e construindo um extenso, complexo e
curioso universo compartilhado pelas diversas séries (que, quando
fechadas em seus arcos, demonstram claramente a presença de elementos de
tramas maiores).
Fatale, ao menos em seu primeiro volume, tenta seguir o mesmo caminho e fazer o raio cair no mesmo lugar.
Num primeiro momento, inclusive, é fácil ler Fatale como se fosse um novo volume de Criminal,
e é só ao chegar ao final aberto e incrivelmente confuso – deixando
claro que a série mensal continuaria a história –, que a série se torna
distinta.
Relendo, porém, é possível ver mais.
A protagonista Josephine, com um visual
inspirado (principalmente nas capas) na atriz Bette Davis, acrescenta
bastante ao enredo, com sua aura embebida em mistério e confusão.
A personagem, uma bela mulher de olhos
tristes e sorriso cativante, é construída vagarosamente e, enquanto vão
sendo apresentados mais e novos enigmas, ela vai ficando cada vez mais
irresistível.
É o clima de horror que desaponta um
pouco, com um sobrenatural que às vezes soa forçado e formulaico demais,
caindo nos clichês de seitas esquisitas usando roupões sombrios para se
reunirem em nome de deuses profanos.
Isso não tira o brilho da obra,
principalmente por ser apenas o primeiro volume e porque os clichês e
fórmulas têm chances de ser mais bem desenvolvidos conforme a trama
avançar.
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